Santos e Santas, amigos de Deus

Santos e Santas, amigos de Deus

Nesta solenidade em que recordamos os santos e as santas, celebramos a festa da “Família de Deus”, a Igreja peregrina que celebra a sua vocação à Santidade. Os santos e as santas de Deus são os que diariamente seguem o critério do amor através do qual encontram, vivem, celebram e testemunham a verdadeira felicidade!

Santos e santas são nossos irmãos, são nossos amigos e são chamados e reconhecidos como santos porque sua vida foi e ainda é uma grande manifestação do amor de Deus e da generosidade para com os irmãos. Ensinam que milagres acontecem onde o amor é vivido e praticado sem julgamentos nem rótulos; são felizes pois a sua única riqueza é Deus e seu amor e a sua alegria é comunicá-Lo às pessoas que encontram. Vivem no mundo sem se “mundanizar” e sem se levar por ideologias maléficas que não respeitam a vida de Deus em seus filhos e filhas. No dizer do Papa Francisco, “vivem a felicidade remando contra a correnteza de uma vida sem sentido”.

Ser santo é ser semelhante a Jesus que em tudo manifestou o amor do Pai; ser santo e santa é assumir e viver o Batismo que nos uniu a Cristo, assumir a Igreja e praticar uma fé viva, sem fingimentos, fé que se comprova, como ouvimos no livro do Apocalipse, fé que se afervora vencendo as tribulações e assim lavar a nossa veste batismal no sangue Redentor do Cordeiro.

A santa e o santo de Deus não são aqueles que “não fazem certas coisas”, “nem frequentam certos lugares” … muito ao contrário, os santos e as santas de Deus são os que fazem o bem em qualquer circunstância e não negam auxílio a nenhum semelhante. Os que não vão a “certos lugares”, “não se misturam com certas pessoas”, ou dizem a celebre frase “se não posso fazer o bem…” acabam por praticar a omissão que serve só para alimentar orgulho no coração.

Santo e santa são felizes e a felicidade é por causa do amor de Deus que nos faz seus filhos; uma felicidade que é buscada e recebida na gratuidade do amor; felicidade que não se compra, felicidade que se vive e quanto mais se reparte mais ela cresce. Ser santo e santa não é conquista nossa, é Dom de Deus para nós seus filhos a quem Ele tanto ama.

As bem-aventuranças descrevem o santo e a santa de Deus e a razão de sua alegria. Os pobres, os promotores da paz, os aflitos, perseguidos por causa da justiça, os de coração puro, não são só “categoria social ou política”, mas sim a existência daqueles que têm em Deus o sentido de seu viver. As bem-aventuranças são o presente: …”deles é o Reino de Deus.

A santidade é nossa vocação; ser santo é escolher o amor, a verdade, a caridade, é ser perseverante no bem; é construir o Reino de Deus aqui para nele viver a felicidade sem fim.

“Sede santos”! Essa multidão incontável dos filhos e filhas de Deus que, pela fé, esperança e caridade santificam o mundo.

“Mãos que servem são mais santas que lábios que rezam”! (Santa Tereza de Calcutá.

Pe. João Paulo Ferreira Ielo. Nov. 2021

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