O Reino em parábolas. XVI Domingo ano “A”

O Reino em parábolas. XVI Domingo ano “A”

As parábolas de Jesus são o recurso fantástico de que Ele se utiliza para atingir todas as pessoas que o ouvem e se faz entender por aquelas cujo coração tem mais disponibilidade. “Quem tem ouvidos, ouça!”
O semeador lança boa semente em seu campo e todos esperam produção de bom trigo; contudo, um inimigo semeia o joio no meio do trigo. Como separar um do outro? E a resposta da Sabedoria ensina: “-espere o tempo certo”. Deus se encarregará de separar um do outro e acomodar cada qual em seu “lugar”.
O Reino semeado no vasto campo que é o mundo, cresce e aparece na medida em que nos empenhamos em fazer os seus sinais transparecerem em nossa sociedade. O Reino não cresce por meio de ostentação de palácios nem por meio de gritaria desequilibrada. O Reino é “grão de mostarda” e “pitada de fermento”; quase não aparecem e nem fazem questão para tanto, entretanto carregam em si a potência para fazer acontecer o que é desejo de Deus que se manifesta em seu amor e sua misericórdia.
“A pressa é inimiga da perfeição”, costumamos dizer, mas também é inimiga da refeição e da conversão. Esperar pelo Reino de Deus nos ensina a viver a confiança que tem o agricultor quando lança a semente: ele sabe que a planta vai germinar. A massa do pão cresce a partir de uma “pitada” de fermento, o que me faz lembra de minha mãe que, quando amassava o pão colocava uma bolinha de massa num copo com água e quando a bolinha boiava era sinal de que a massa estava pronta para ir ao forno.
É necessário enxergar além do que nossos olhos conseguem ver. Há quem se preocupe com grandes templos, legião de fãs, celebrações-show… Para Jesus os mistérios do Reino estão nas coisas simples, nos pequenos gestos, principalmente nos que nossos olhos não alcançam com nossa visão curta.
“O essencial é invisível aos olhos”. (A.S. Exupéry)
Mons. João Paulo Ferreira Ielo

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