O que Deus uniu… 27º domingo ano “B”
O que Deus uniu… 27º domingo ano “B”
A Palavra de Deus nos recorda a catequese sobre o Matrimônio e a família. Fariseus daquele tempo e de hoje não reconhecem no outro, principalmente na mulher, a imagem e a semelhança de Deus impressas nos seres humanos. Lêem as Escrituras não como um caminho de vida e libertação, mas como justificadora de suas más intenções.
Com uma dose alta de maldade, cheio de desfaçatez, fariseus se acercam de Jesus e perguntam sobre a possibilidade de se divorciar de sua esposa. A resposta de Jesus, irônica, porém sábia, pergunta como lêem a Escritura, como Moisés lhes ensina a se comportar. Moisés, aceitando a pressão do povo de coração duro aceitou o “libelo” de separação desviando-se do ensinamento proposto por Deus.
Jesus, o Mestre, chama a atenção para o projeto original de Deus: criou o ser humano para a comunhão e o amor. Fez o homem e a mulher “à sua imagem” e como “sua semelhança” destinados a viver no amor! Não fez um superior ao outro, um não é patrão ou dono/dona do outro que não é propriedade do primeiro. Assim, a vida do Matrimônio deve ser vivida no amor! O que o Amor uniu, ninguém separa. Se não houver amor, não há sacramento!
Os neofariseus, aqueles que usam a Bíblia para justificar seu legalismo frio, confundem atração com amor; acaba a atração não sobra nada, enquanto o amor permanece, o amor é o motivo da vida na família. O que Deus-amor une, ninguém tem a capacidade de separar.
Vida vivida no amor transforma-se em experiência de acolhida aos pequeninos, acolhimento sem julgamento para aqueles e aquelas cujos casamentos não deram certo, acolher os que desejam celebrar seu matrimônio e viver família na comunidade.
A Palavra de Jesus nos chama a atenção também sobre a avalanche de propagandas que abusam na pornografia e na depravação e consequentemente leva ao desrespeito com as pessoas.
Cuidado para não escandalizar as crianças, não desmotivá-las na caminhada da fé e da vida comunitária. Nossa vida precisa ser um grande incentivo para que nossas crianças, adolescentes e jovens cresçam, se robusteçam e assumam a missão em nossos dias. Precisamos ensinar a buscar a sabedoria, não a esperteza.
“Descobri que o céu é ver os outros felizes”! (Dom Luciano Mendes de Almeida)
Mons. João Paulo Ferreira Ielo