A Solenidade de Cristo Rei conclui nosso ano litúrgico e nos convida a celebrar o Reinado do Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo e nos liberta de todo o mal.

O Reino de Cristo não se identifica com nenhum reino, governo ou partido político que se conheça na face da terra; seu Reino é “de outra Natureza”!

“O meu reino não é deste mundo”! O Reino que Cristo inaugura segue uma “Lei” bem diferente das regras dos mandantes deste mundo. Seu Reinado se institui na Lei do amor aos irmãos e aos inimigos e se manifesta na entrega total de sua vida na cruz. Neste Reino não se disputa prestígio nem riqueza e muito menos poder. É Reino que “não é deste mundo”, mas dá seus sinais aqui.

O Reino de Deus é amor, verdade, justiça e liberdade e onde estão presentes estes sinais, aí já está presente o Reino de Deus!

É impressionante o diálogo entre Jesus e Pilatos! “Tu és rei?” “Quem te disse isso?”, fala Jesus! E continua:-“Eu sou Rei! Para isso vim ao mundo, para dar testemunho da verdade! Quem é da verdade, escuta a minha voz”! Jesus não tem interesse de confrontar o governador nem seus lacaios. O seu Reino é da Verdade: é a verdade que nos torna livres.

O Reino de Cristo cresce no mundo quando colocamos em prática o mandamento do amor, quando somos capazes de levar nossa cruz sem reclamar, quando amamos sem rotular aos irmãos.

Todavia, quando queremos ser os reis, quando queremos reinar em lugar de Cristo, quando o expulsamos, quando queremos ser servidos, Ele não reina. Pilatos não compreendeu. Os que hoje buscam poder e fama também não compreendem.

Nesta solenidade de Cristo Rei, também somos convocados a rezar pelos nossos leigos e leigas que levam ao mundo o fermento do Reino através da fé e das boas obras, da escuta e do testemunho da santa Palavra de Deus tornando viva as sementes do Reino em nossa sociedade.

Rezemos também por nossas famílias, a fim de que vivendo o amor, cresçam em santidade ensinando seus filhos a buscar antes de tudo o Reino de Deus que é perpétuo.

“Cristo Rei, libertai-nos e seremos verdadeiramente livres”

 

Pe. João Paulo Ferreira Ielo