CNBB coloca Comissão para a Ação Missionária e Cooperação Intereclesial à disposição do bispo brasileiro de Pemba, em Moçambique

CNBB coloca Comissão para a Ação Missionária e Cooperação Intereclesial à disposição do bispo brasileiro de Pemba, em Moçambique

A presidência da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) enviou, dia 22 de agosto, ao bispo brasileiro de Pemba, em Cabo Delgado, região norte de Moçambique, dom Luiz Fernando Lisboa uma carta de apoio e solidariedade que se estende ao povo de Pemba em razão da situação humanitária grave na província que vem sofrendo há alguns anos com tensões políticas, culturais, religiosas e o agravamento da fome.

A presidência da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) enviou, dia 22 de agosto, ao bispo brasileiro de Pemba, em Cabo Delgado, região norte de Moçambique, dom Luiz Fernando Lisboa uma carta de apoio e solidariedade que se estende ao povo de Pemba em razão da situação humanitária grave na província que vem sofrendo há alguns anos com tensões políticas, culturais, religiosas e o agravamento da fome.

“A missão, caro irmão, levou-o até terras moçambicanas, onde, hoje, sob a graça de Deus, o senhor serve como pastor. O Papa Francisco tem nos recordado a condição intrínseca de cada cristão, que é ser missionário”, destaca um trecho da carta.

O documento coloca ainda a Comissão Episcopal Pastoral para Ação Missionária e Cooperação Intereclesial da conferência, na pessoa do presidente dom Odelir José Magri, à disposição do bispo de Pemba para ajudar no que for possível já que o bispo tem sido a voz daquele chamando a atenção para o agravamento da situação humanitária na província e, por isso, tem recebido críticas e até mesmo ameaças de morte.

Por outro lado, dom Luiz Lisboa tem recebido bastante apoio de religiosos do Brasil e do mundo. Na manhã da última quarta-feira, dia 19 de agosto, o bispo foi surpreendido com uma ligação do Papa Francisco.

“Recebi uma chamada Papa Francisco que me deu muito confortou. Durante a chamada, o Papa Francisco expressou a sua proximidade ao Bispo (de Pemba) e ao povo da região de Cabo Delgado. Ele disse que está acompanhando os acontecimentos na nossa província com grande preocupação e que está constantemente rezando por nós. O Santo Padre também me disse que se houvesse algo mais que ele pudesse fazer, não devemos hesitar em pedir-lhe. Ele está pronto a caminhar connosco. Eu exprimi para ele a minha profunda apreciação pelo gesto do telefonema e disse-lhe quanto lhe agradecemos quando no dia 12 de Abril ele rezou por Cabo Delgado no Domingo de Páscoa durante a Bênção do Urbi et Orbi. Disse-lhe que a sua referência à crise humanitária na nossa província fez com que outras pessoas também tomassem conhecimento da nossa situação. Começamos a ver mais congregações, algumas organizações (humanitárias), indivíduos – tanto locais como externos, começando a ajudar na nossa situação. Eu disse: Santo Padre, o senhor colocou Cabo Delgado no mapa do mundo. E ele simplesmente comentou em italiano, ‘Che bello!’ (Que lindo!) ”, contou o bispo de Pemba ao Vatican News.

Há 40 anos, a Igreja no Brasil por meio do Regional Sul 1, que compreende o estado de São Paulo, possui uma missão ad gentes em Moçambique, nas aldeias de Nangade, Mazeze e Metoro. O Conselho Missionário Regional (COMIRE) do Sul 3 da CNBB atua em outra província, Nampula, no distrito de Moma, há 26 anos.

Ataques em Cabo Delgado

Desde outubro de 2017, a província de Cabo Delgado, região norte de Moçambique tem sido abalada por ataques mortais perpetrados por grupos armados cujas operações estão se tornando cada vez mais sofisticadas e uma fonte de ansiedade para os vizinhos de Moçambique, particularmente a Tanzânia. Os ataques resultaram em centenas de mortos e o deslocamento de moradores devido ao clima de medo que reina na região.

O documento coloca ainda a Comissão Episcopal Pastoral para Ação Missionária e Cooperação Intereclesial da conferência, na pessoa do presidente dom Odelir José Magri, à disposição do bispo de Pemba para ajudar no que for possível já que o bispo tem sido a voz daquele chamando a atenção para o agravamento da situação humanitária na província e, por isso, tem recebido críticas e até mesmo ameaças de morte.

Por outro lado, dom Luiz Lisboa tem recebido bastante apoio de religiosos do Brasil e do mundo. Na manhã da última quarta-feira, dia 19 de agosto, o bispo foi surpreendido com uma ligação do Papa Francisco.

“Recebi uma chamada Papa Francisco que me deu muito confortou. Durante a chamada, o Papa Francisco expressou a sua proximidade ao Bispo (de Pemba) e ao povo da região de Cabo Delgado. Ele disse que está acompanhando os acontecimentos na nossa província com grande preocupação e que está constantemente rezando por nós. O Santo Padre também me disse que se houvesse algo mais que ele pudesse fazer, não devemos hesitar em pedir-lhe. Ele está pronto a caminhar connosco. Eu exprimi para ele a minha profunda apreciação pelo gesto do telefonema e disse-lhe quanto lhe agradecemos quando no dia 12 de Abril ele rezou por Cabo Delgado no Domingo de Páscoa durante a Bênção do Urbi et Orbi. Disse-lhe que a sua referência à crise humanitária na nossa província fez com que outras pessoas também tomassem conhecimento da nossa situação. Começamos a ver mais congregações, algumas organizações (humanitárias), indivíduos – tanto locais como externos, começando a ajudar na nossa situação. Eu disse: Santo Padre, o senhor colocou Cabo Delgado no mapa do mundo. E ele simplesmente comentou em italiano, ‘Che bello!’ (Que lindo!) ”, contou o bispo de Pemba ao Vatican News.

Há 40 anos, a Igreja no Brasil por meio do Regional Sul 1, que compreende o estado de São Paulo, possui uma missão ad gentes em Moçambique, nas aldeias de Nangade, Mazeze e Metoro. O Conselho Missionário Regional (COMIRE) do Sul 3 da CNBB atua em outra província, Nampula, no distrito de Moma, há 26 anos.

Ataques em Cabo Delgado

Desde outubro de 2017, a província de Cabo Delgado, região norte de Moçambique tem sido abalada por ataques mortais perpetrados por grupos armados cujas operações estão se tornando cada vez mais sofisticadas e uma fonte de ansiedade para os vizinhos de Moçambique, particularmente a Tanzânia. Os ataques resultaram em centenas de mortos e o deslocamento de moradores devido ao clima de medo que reina na região.

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