Assunção de Nossa Senhora

Assunção de Nossa Senhora

A solenidade da Assunção de nossa Senhora nos convida a entender o amor bondoso de nosso Deus que nos quer sempre junto a Ele.
Os nossos primeiros pais, seduzidos pelo inimigo, resolveram abandonar a comunhão original com Deus e, fora do paraíso, experimentaram a vida sem o amor.
A solenidade da Assunção também nos recorda que em Maria, a humanidade criada por Deus, pode desfrutar da vida sem fim, da alegria perpétua preparada para seus filhos e filhas e para os que fazem a sua vontade. Se Eva, a primeira mulher, preferiu viver sem Deus, Maria, a mulher nova e sinal da nova humanidade, escolheu nada fazer sem Deus, preferiu servir a Deus e colocar-se à disposição de seu amor; por isso ela proclama com sublime alegria e canta as maravilhas do amor gratuito de Deus.
O livro do Apocalipse retrata nossa peregrinação nesse mundo, nossa luta frequente contra o mal e suas milícias que tentam devorar o filho de Deus e os que a Ele se assemelham. A mulher, figura da Igreja e de Maria, sob a proteção divina fogem do mal e conservam os tesouros da fé, do amor e do santo temor de Deus. O mal e a mentira irão sempre ameaçar os filhos de Deus; entretanto, o “braço do Senhor” estará erguido para defender os seus.
O emocionante encontro de Izabel e Maria nos contagia pela alegria da vida quando é conduzida por Deus. Alegria e esperança dão um tempero diferente ao nosso viver, pois a vida muda quando é vivida a partir da fé. Izabel recebe Maria em sua casa e esse encontro é movido a tamanha alegria que João também se alegra desde o ventre de sua mãe. “Como posso merecer tamanha alegria”? “A Mãe do meu Senhor me vem visitar!” “Bendita és tu entre as mulheres e bendito o fruto do teu ventre”!
A resposta de Maria é a grande ação de graças, o hino de louvor ao Deus da vida que olha e ampara os humildes; que mostra a “força de seu braço” e derruba dos tronos e pedestais os orgulhosos, soberbos e maus; eleva os humildes e esbanja sua misericórdia para com os simples e pobres.
Como é bom ver o encontro de duas mães crentes em Deus, mães que têm fé e transmitem a fé aos seus filhos e suas filhas!
Felizes somos se cremos em Deus e, apesar de nossas fraquezas, confiamos em seu amor que sempre nos ampara.
Os primeiros cristãos afirmavam que não deveria sofrer corrupção a primeira “morada de Deus entre nós”, a virgem Maria; assim deram à sua morte o nome de “dormição”. Assim Maria, a primeira crente, a primeira fiel e a primeira redimida foi elevada aos céus em “corpo e alma” pelo poder de seu divino Filho. E lá certamente ela nos aguarda para a grande festa da vida.
“Ninguém é tão feliz quanto um cristão autêntico”!( Blaise Pascal).
Pe. João Paulo Ferreira Ielo

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